sexta-feira, 6 de agosto de 2010

MENINAS, MINHAS MENINAS









Tenho tres filhas mocinhas
Cada uma com seu cada qual
Digo que são minhas meninas
Gosto delas por igual.

A primeira se chama Priscila
Tem os olhos da cor do mar
Quando sorri é uma graça
Que a todos faz encantar.

A segunda é a Rachel
Essa até filhos já tem
Quando se põe a falar
É um bálsamo para a alma curar.

A terceira é a pequena Paula
De todas, como é diferente
A cada dia que passa
A florzinha me surpreende.

As tres juntas são o meu alento
Para os dias eu não ver passar
E quando nelas deito os olhos
Sinto que vão marejar.

Adoro minhas meninas
Só minhas eu sei que elas são
Cada vez que uma aparece
Bate, bate meu coração.

Saibam meninas que Deus
Quando resolveu me agradar
Mandou uma a uma por vez
Para minha vida adornar.

Meninas, minhas meninas
Se algum dia eu as magoei
Saibam que mãe é assim mesmo
Por isso já me penitenciei.

Meninas, minhas queridinhas
Das três não sei qual é a preferida
Dileta é a mais velha, a do meio?
A menor, todas são escollhidas.

Meninas de minha menina

No dia que Lara nasceu
Todo mundo chorou
Com seus olhinhos pingados
A família conquistou.

Aí chegou a Estela
Pom Pom não se aguentou
Cansada da choradeira
Foi cair na bebedeira!

As duas meninas, que lindas!
Da mais pura linha, princesinhas
A cada dia uma estória
Viva, viva as paulistinhas.


Um menino

Um menino, da família o primeiro varão
Mais lindo que um príncipe, o nenêm
Será o mais reverenciado, que dúvida
Vou morrer de tanto lhe querer bem.

Escute bem pequeno Tom
Sempre te darei razão
Mas se às meninas aprontar
Vai tomar um bom sermão.

Já pensou Larinha racional?
Sabidinha como nunca vi igual?
Argumentará com precisão
Mas não implique com ela não.

Estela correndo para cá
Você atrás dela para lá
Alcance-a meu lindo bebê
Não deixe a menina vencer.

Trio perfeito, trio meu
Até parece que perdi a razão
De longe só sei por ti rezar
Trio lindo do meu coração.







A E I O U....é o que tenho para dizer





Isso lá é verdade, os homens são de poucas palavras. Há os que falam muito, exceção da regra. Já as mulheres são bem falantes, algumas exorbitam e se dedicam a alcançar a incontinência verbal, falam muito nos dois sentidos. O ideal seria uma média, homens e mulheres falando com parcimonia. Os extremos em si trazem o problema, se o palavrório desenfreado é irritante, o poucas palavras também o é. Vou contar uma história de uma moça que no reencontro com um amigo e mais tarde com o marido, descobriu que alguns homens só sabem falar em vogais.

A moça toda radiante encontrou um amigo que pelo visto não via há muito tempo, o encontro foi patético. Ela de braços abertos gritou: meu amigo, cadê voce?
- Aí . Sem festa alguma ele respondeu.
- Tudo bem? disse ela.
- É, respondeu o moço.
- Sumido hein?
- Iiiiiii, murmurou o tonto
- Ainda está com a Juninha?
- Uh, ironizou ele. Imagino que uh significa "acorda idiota".
- E a vida está boa? Insistiu a insistente.
- Uuuuu, foi a resposta efusiva.
- Trabalhando?
- É, ué.
Sentindo a indigência do diálogo ela despediu, prazer em vê-lo, voce está ótimo.
- Óóóó, saiu ele balançando a cabeça com um andar de urubu malandro dando tapinhas na orelha.

Chegando em casa ela encontrou o marido sentado no sofá, com o "rosário laico na mão" (controle remoto), hirto, olhos parados na TV.
- Bem, disse ela graciosamente, encontrei o Zé da Juninha.
- É? repondeu com desdém o tradicional marido brasileiro.
- É e está careca, sabia?
- Iiiii, falou ele passando a mão na própria calvice.
- Nem perguntou por voce.
- Oi?
- Sim, não perguntou por voce.
- Aaa , falou ele sem tirar os olhos da TV.
- Quer comer agora? Nada, silêncio. Quer comer agora?, gritou desesperada.
- Iiiii, rosnou o marido.
- Eu sei que sou uma chata mas voce poderia me responder, seu cafajeste.
- Ó, vociferou ele levantando a mão ameaçadoramente.
- Bate, urrou ela, bate covarde.
- Ai ai ai, replicou o vogático impaciente, ostentando aquela cara de imbecíl típica dos monossilábicos.
- Bate, insistiu ela tomada pela ira.
- Iiiii, ecoou ele.
- Vai tomar banho? Vociferou ela com cara de nojo.
- Uuuuu, concordou ele com os olhos risonhos e sedutores.

Acalmada ela provocou, vamos ali? Levantando do sofá ele encaminhou-se para o quarto e sentou-se na cama desabotoando a calça.
-Voce quer? alegrou ela depois de uma sêca de 2 meses.
- Ééé, respondeu ele com um sorriso besta afivelado na boca.
- Então vamos, comemorou ela.

Depois de meia hora de bate bola ele exaurido a olhou com um ar de desânimo e para sua questão meridional com uma cara de "pois é". Abanou a cabeça e continuou a olhá-la que sorria e a plenos pulmões fez à moda da turba ignara depois de um gol contra na decisão do campeonato, uuuuuuuuuuu, até perder a voz, gritou em silêncio.

Há pessoas lacônicas, outras abusam do vernáculo, poucas são impecáveis na interlocução, mas os A E I O U são os melhores, só eles têm a consciência de não terem nunca algo a dizer. UIUI!