terça-feira, 23 de junho de 2009

Me disseram que dor que mata, mata.

Minha intenção não é discutir se esse sentimento mata ou não. As metáforas são as grandes aliadas para expressar o que estamos passando nesses momentos de penúria do coração. No entanto, sem perder de vista o futuro de liberdade dessa prisão sentimental, temos que usar todas as estratégias para tornar esse tempo mais leve. Segundo o poeta, o díficil não é a partida ou a chegada mas a travessia.
Eu tinha um amigo que ao falar desse tema que o notabilizou pela insistência em repetí-lo, aparecia a cada dia com uma nova. Sempre triste e sem ânimo me olhava com os olhos pingados e dizia: " é como um canal de dente no coração"; "ai meu Deus, sinto uma febre interna que não cede"; " de hoje não passo, ela está namorando...traidora"; "já resolvi, vou beber para esquecer, cicuta é a solução". E assim passaram os meses até que um dia o encontrei sorridente e saltitante. De cara perguntei: "ei, já superou?" O canalha que tanto me preocupou respondeu: "Eu estava doente?". Pensei: "passou". Falar daquele martírio era tocar em chaga que depois de cicatrizada tinha que ser esquecida para sempre.

Já volto

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