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Voar é coisa de pássaro,
Voar é coisa de pássaro,
Mas não sei por qual milagre eu voei,
Aqueles que me julgam e condenam,
Um sorriso de olhos lhes deixei.
De mim não guardem lembranças,
Nem pequenas saudades ou até temor.
Na vida tudo vem e tudo passa,
Menos o desterro do amor.
Tal exílio não é para outras terras,
No corpo o amor tenho guardado.
Ainda que um dia alguém o clame,
Ainda que um dia alguém o clame,
Não me solte vento nesse mundo
Só me entregue depois de libertado
No íntimo contacto com o infinito.
No íntimo contacto com o infinito.
O vento içou suas velas e me levou,
Voava minh' alma pelo espaço,
Enquanto na terra meu último grito,
O zéfiro o varreu e o apagou.
O zéfiro o varreu e o apagou.
Voar é coisa de pássaro,
Mas não sei por qual milagre eu voei.
Voei e lá do alto bem alto
Em nuvem me transformei.
Voei e lá do alto bem alto
Em nuvem me transformei.
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